Nos últimos tempos, tenho me dedicado a estudar o como, e a escalar práticas ágeis nas organizações, levando os conceitos, boas práticas, e alguns insights sobre as metodologias e frameworks disponíveis no mercado para fora das tradicionais “equipas táticas” e coordenação…
Um desafio com que me deparo, não é o uso dos métodos e das frameworks, mas sim disponibilidade das pessoas para aceitar a mudança; para participarem ativamente no processo trazendo as suas dores e dando os feedbacks necessários para que se consiga uma melhoria relevante e motivadora.
Questões como: falta de tempo, demasiadas reuniões ou já fazemos isto assim a tanto tempo não vale a pena mudar – mudar para quê – são impedimentos reais.
O mindset instalado da não responsabilização: “se me mandarem fazer eu faço, senão vou ficar aqui quietinho” – porque a responsabilidade é de quem manda.
A tradição do D1 (ver aqui) …bha… os tempos mudaram para quem não sabe.
O trabalho para criar um ambiente de mudança, não é responsabilidade dos mais altos cargos, é de toda a organização:
- No “chão de fábrica”, com uma vontade de melhorar o nosso dia-a-dia, os processos em que participamos; aprendendo novas formas de fazer, experimentando, falhando e aprendendo com os erros.
- Nos mid level, com a vontade trazer mais valor ao processo e retirar todos os excessos que impeçam uma boa performance, e acima de tudo, confiar em quem faz, quando faz, e aceitar a falha como parte do nosso processo natural de aprendizagem.
- Nos vários níveis de gestão, garantindo espaço e margem para que seja possível, refazer os processos, e até piorar resultados para depois voltar em força com objetivos bem definidos e de alto retorno.
Não acredito em mudanças rápidas, nem em receitas milagrosas, mas acredito nas pessoas e que se forem motivadas e compreendidas, são o mais importante nos processos de transformação e de adaptação ágil.
O centro da mudança são as pessoas! Ajudem as pessoas a mudar e a adaptação ágil será mais ágil!
Termino com a adptação da frase de JF Kennedy, do seu discurso de 1961, (ver aqui)
– ask not what your country team can do for you—ask what you can do for your country team.