O Burnout é um estado de cansaço físico e mental sentido no ambiente de trabalho.
E isso é tão sério que nos impede de realizar as nossas tarefas, afeta a nossa memória e a nossa capacidade de concentração. Além disso, passamos a duvidar das nossas competências e sentimos uma necessidade de isolamento social.
Sim, é mesmo verdade!
Ainda há falta de consenso em relação ao Burnout. Muitas pessoas classificam-no como um transtorno mental, mas não é.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), é muito claro que a Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento mental não é uma doença, nem um transtorno mental, mas sim o resultado de uma exposição contínua a situações de stress no ambiente em que a pessoa está a desenvolver a sua atividade laboral.
E como é que a má gestão pode contribuir para esse estado de esgotamento mental?
Temos todas as ferramentas e informações para conduzir as equipas e produtos da melhor forma possível, posto isto, o que explica o aumento da insatisfação nas equipas?
Não precisamos investigar muito para entender que os maiores motivos da insatisfação são as longas e cansativas jornadas de trabalho, acúmulo de funções, desvalorização, julgamentos, cobranças excessivas, conflitos e agressões que contribuem para um clima organizacional tóxico, além de sucessivos assédios morais, chantagens emocionais e, na minha visão o fato das pessoas ainda serem tratadas como meros recursos,ou seja ainda são descartáveis e simplesmente substituíveis.
O site Small Business Prices, em Março de 2021, analisou 26 países europeus e a sua experiência com Burnout.
Se voltarmos atrás na história, o famoso psicólogo Abraham Maslow elaborou a Teoria das Necessidades que, segundo ele, consiste em:
Uma vez satisfeitas as nossas necessidades básicas de sobrevivência e segurança, como comida e habitação, o nosso maior desejo é sentir que as nossas vidas têm importância, que podemos fazer diferença, que podemos contribuir para tornar o mundo um lugar melhor para as gerações atuais e futuras.
Todos queremos viver, amar e deixar um legado.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Maslow
Fred Kofman, Coach Executivo e Consultor em Liderança e Cultura, fez uma boa comparação no seu livro, The Meaning Revolution ou Liderança e Propósito:
“Um barco movido pelo vento flui em harmonia com as forças naturais.
Uma empresa que avança pela via da autoridade formal é como um barco a remo. Já aquela que é movida por um propósito transcendente é como um veleiro com vento às costas impulsionando as suas velas”.
Fonte: https://www.fredkofman.org/sobre-fred-kofman-ing.php
Para resumir e concluir
As políticas de combate ao burnout devem ser levadas a sério e devem estar sempre ligadas à cultura e ao propósito das organizações.
Afinal, não adianta as empresas incentivarem o “selfcare” e o bem estar, igualdade, imparcialidade nas oportunidades, transparência, feedback no progresso do trabalho e na progressão da carreira, metas e objetivos bem definidos e priorizados e, na prática, não estarem verdadeiramente ligadas às pessoas.
E tu já tiveste ou conheces alguém que teve Burnout?
Já sentiste algum sintoma que despertou a tua atenção?
Espero que a resposta seja não para ambas questões. 😉
Autora:
Olivia Santos: https://www.linkedin.com/in/oliviafsantos/