O que é Business Agility, para que serve e porque é que muitas empresas e agile coaches perseguem esse tema?
Quando faço esse inquérito nas formações que facilito, a respostas mais comuns são:
- Colocar em produção mais rápido;
- Todas as equipas da empresa a trabalhar com agile;
- Ter boards de gestão visual;
- Utilizar métricas (data-driven);
- Trabalhar com MVP (Minimum Viable Product);
Não significa que os itens acima estejam errados, mas que são um meio para alcançar o Business Agility.
Na maioria das empresas e equipas onde estamos a trabalhar a “transformação digital ou transformação agile” tem o mindset que “introduzir” agilidade (ou “spotify model”) vai fazer com que se alcance o Business Agility… #wrong.
“Business Agility é a capacidade de uma empresa se adaptar às mudanças no mercado e às demandas de seus clientes rapidamente."Fonte: Klaus Leopold – Livro Repensando a Agilidade
A quem ainda não leu o livro do Klaus, recomendo fortemente que o faça pois explica e ensina muito facilmente o que é Business Agility.
Perceber sobre Business Agilite é facil, a parte difícil é colocar em prática, uma vez que as adoções de Agile e as transformações, de maneira geral, estão a acontecer de forma isolada.
Torna-se mais fácil de explicar com a imagem abaixo. A maioria das empresas estão a usar Agile e a fazer as suas transformações no meio do value stream, nomeadamente nas equipas de Tecnologia. O que não é mau. Mas e as restantes áreas e equipas?
De que adianta sermos ágeis na equipa de tecnologia, entregar em ciclos de 2 semanas se no upstream (stakeholders, negócios, produtos) o projeto demorou meses até chegar à equipa de tecnologia para desenvolver?
De que adianta sermos ágeis na equipa de tecnologia, entregar em ciclos de 2 semanas se no downstream, (validação, produção, entrega ao utilizador) o projeto demorou semanas ou meses até ser colocado em ambiente produtivo e estar disponível para o utilizador?
Adianta muito, não é trabalho feito em vão e precisamos de continuar a fazer. Afinal, temos que começar em algum setor / área da empresa. Entretanto, é obrigatório escalar o novo formato de trabalho para as restantes áreas do value stream, caso contrário, teremos a falsa impressão de que somos ágeis e já alcançamos o business agility. Pior do que isso, no final do dia não estamos a entregar mais rápido e muito menos temos a adaptabilidade no negócio.
Existem várias formas e frameworks para trabalhar no value stream mas esses tópicos não estão em causa neste artigo.
A mensagem que queremos passar com esse artigo é muito bem dita pelo Russell L. Ackoff.
“E, portanto, o desempenho do todo nunca é soma das partes separadamente,mas sim o produto das suas interações.”
Entenda que Business Agility não é um desporto de equipa, mas sim, da empresa.
Se tiveres interesse em perceber mais sobre Business Agility, com grandes empresas e profissionais, convido-te a para participar na Business Agility Summit by Agilenow.
Esta Summit é 100% dedicada ao tema, com a partilha de casos reais, sucessos, falhas e o que os profissionais e empresas estão a fazer para navegar pelo rio do value stream.
Encontro vocês na Summit ou no próximo artigo.
Revisão: Joana Pinheiro